Título original:A Filha dos Trapalhões
Gênero:Comédia
Colorido
Ano de produção:1984
Duração:107 minutos
Elenco completo:Renato Aragão / Dedé Santana / Mussum / Zacarias / Baiaco / Gladstone Barbosa / Fernanda Brasil / Jorge Cherques / Abel Faustino / Vera Gimenez / Roberto Guilherme / Fernando José / Carlos Kurt / Roberto Lee / Felipe Levy / Vítor Macedo / Eliezer Motta / Príncipe Nabor / Déa Peçanha / Olívia Pineschi / Myrian Rios / Arnaud Rodrigues / Paulo Rodrigues / Dino Santana / Paulo Villa / Ronnie Von
Sinopse:Os Trapalhões moram num barco
flutuante e têm uma vida miserável. Ao encontrarem um bebê abandonado,
resolvem criá-la como se fosse sua própria filha. Posteriormente, quando
começam a trabalhar em um circo,
descobrem que a criança é na verdade filha da trapezista e que ela fora
obrigada a entregar sua filha para uma quadrilha que negocia crianças
no exterior. Tal quadrilha os encontra e tenta recuperar a menina que
agora, no entanto, conta com a ajuda dos Trapalhões para protegê-la.
Renato Aragão
Renato Aragão (1935) é um humorista, ator e
cineasta brasileiro. Entrou para a história da televisão interpretando o
personagem “Didi Mocó”, no programa humorístico “Os Trapalhões”.Renato Aragão (1935), nome artístico de Antônio Renato Aragão, nasceu em Sobral, no Ceará, no dia 13 de janeiro de 1935. Filho do escritor Paulo Ximenes Aragão e de Dinorá Lins cresceu em uma família de classe média. Grande admirador do comediante Oscarito, chegou a assistir seus filmes inúmeras vezes e encontrou sua vocação na carreira artística. Em 1960 fez sua primeira aparição na TV Ceará, no programa Vídeo Alegre, quando o personagem (Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbo), ou simplesmente “Didi”, surgiu, após concluir que seu prenome não combinava com o humorismo.
Em 1961 formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. Em 1964 “Didi” foi para o Rio de Janeiro estudar direção de programas, mas logo começou a trabalhar no humorístico intitulado “A E I O URCA” da TV Tupi. Em 1966 foi contratado pela TV Excelcior, de São Paulo, onde atuou no programa “Adoráveis Trapalhões”, que reunia além de Didi, Wanderley Cardoso, Ivon Cury e Ted Boy Marino.
Em 1974, Renato Aragão voltou para a TV Tupi, onde se formou o grupo que iria fazer sucesso durante longos anos, com Renato Aragão (Didi), Manfried Sant’Anna (Dedé), Antônio Carlos (Mussum) e Mauro Faccio (Zacarias). Em 1977 o programa foi levado para a TV Globo, onde ficou no ar até 1995, quando reinavam absolutos entre a criançada.
Por um período breve, em 1983, Dedé, Mussum e Zacarias separaram-se de Didi, que ficou sozinho no programa. A partir de 1986, Renato Aragão passou a apresentar, ao vivo, “Criança Esperança”, programa anual da TV Globo. Em 1991 Renato Aragão foi nomeado o embaixador da UNICEF no Brasil. Em 1990 Zacarias morreu e em 1994, com a morte de Mussum o programa os Trapalhões chegou ao fim. Em 1998 Renato Aragão voltou com a “Turma do Didi” e depois de dez anos passou a dividir a tela com o antigo parceiro Dedé, no programa dominical “Aventuras do Didi”.
Proprietário da Renato Aragão Produções Artísticas, além de programas para a TV e shows, o comediante produziu, dirigiu e atuou em 47 filmes, entre eles, “Adorável Trapalhão” (1966), “Ali Babá e os Quarenta Ladrões” (1972), “Os Saltimbancos Trapalhões” (1981), “Os Trapalhões e o Rei do Futebol”, com Pelé, (1986), “A Princesa Xuxa e os Trapalhões” (1989) e “O Noviço Rebelde” (1997).
Renato Aragão está casado com Lilian Taranto, bem mais nova que ele, com quem tem uma filha chamada Lívian Aragão, nascida em 1999, que já dividiu a tela do cinema em diversos filmes e da TV na série “Acampamento de Férias”, que foi ao ar entre 2009 a 2012, com três edições por ano.
Em março de 2014, Renato Aragão sofreu um infarto agudo do miocárdio logo após a festa de aniversário de 15 anos de sua filha Lívian. Hoje, segue com uma dieta regrada, faz esteira e hidroginástica, afirmou o comediante.
Na indústria musical, integrou o grupo de samba Os Originais do Samba em meados da década de 60. Como humorista, fez parte do célebre grupo Os Trapalhões.
Mussum nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio de Janeiro. Filho da empregada doméstica Malvina Bernardes Gomes. Mussum se focou nos estudos, repassando os ensinamentos para a sua mãe, concluindo o ensino primário em 1954. Não desejando interromper sua educação, assim ingressou na Fundação Abrigo Cristo Redentor.
No Instituto Profissional Getúlio Vargas, uma das instituições pertencentes a Fundação Abrigo Cristo Redentor, Mussum foi aprovado em uma seletiva para o programa "Nutrição Boa." Em 1957, Mussum obteve o diploma de ajustador mecânico junto com uma recomendação de trabalho, o recém formado começou a trabalhar como aprendiz em uma oficina no Rocha na Zona Norte do Rio de Janeiro. Serviu na Força Aérea Brasileira durante oito anos.
Mussum teve origem humilde: nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio de Janeiro. Estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico. Serviu na Força Aérea Brasileira durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar da Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado. Mussum iniciou sua carreira artística tocando reco-reco no grupo Os Modernos do Samba.[8]
Fundou o grupo Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. O grupo teve vários sucessos. As coreografias e roupas coloridas os fizeram muito populares na tevê, nos anos 1970, tendo o grupo se apresentado em diversos países. Antes, nos anos 1960, foi convidado a participar de um show de televisão, como humorista. De início, recusou o convite, justificando-se com a afirmação de que pintar a cara, como é costume dos atores, não era coisa de homem. Finalmente, estreou no programa humorístico Bairro Feliz (TV Globo, 1965). Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu o apelido de Mussum, que origina-se do muçum, um peixe teleósteo sul-americano: como o peixe, Mussum era escorregadio e liso, já que conseguia facilmente sair de situações estranhas.
Em 1969,[9] o diretor de Os Trapalhões, Wilton Franco, o viu numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convidou para integrar o grupo humorístico, na época na TV Excelsior. Mais uma vez, recusou: entretanto, o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) conseguiu convencê-lo, e Mussum passou a integrar a trupe em 1973. Na época, ainda era um trio, pois Zacarias entraria no grupo depois, em 1974. O grupo terminaria tornando-o muito famoso em todo o país. Mussum era o único dos quatro Trapalhões oficiais que era negro (Jorge Lafond e Tião Macalé, apesar de também negros e de atuarem em vários quadros com o grupo durante vários anos, eram coadjuvantes).
Apenas quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo, e o sucesso o impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou os Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com Os Trapalhões e até três álbuns solo dedicados ao samba. Uma de suas paixões era a escola de samba Estação Primeira de Mangueira: todos os anos, sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala de baianas, da qual era diretor de harmonia. Dessa paixão, veio o apelido "Mumu da Mangueira". Também era rubro-negro fanático.
Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, se dedicou às campanhas sociais a favor dos portadores de deficiência visual, promovendo a doação de córneas em 1981, durante o especial Os Trapalhões - 15 anos, a favor dos desabrigados da seca do Nordeste, de 1983 até 1985 nos especiais SOS Nordeste e também, a favor das crianças e dos adolescentes em todo o Brasil, promovendo o lançamento do show Criança Esperança em 28 de dezembro de 1986, durante o especial 20 Anos Trapalhões - Criança Esperança.Mussum foi considerado, por muitos, o mais engraçado dos Trapalhões. No programa, popularizou o seu modo particular de falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" as palavras arbitrárias (como forévis, cacíldis, coraçãozis) e pelo seu inseparável "mé" (que era sua gíria para cachaça). A personagem que vivia no programa Os Trapalhões tinha, como característica principal, o consumo constante de bebidas alcoólicas, em especial a cachaça.
Mussum se celebrizou por expressões onde satirizava sua condição de negro, tais como "negão é o teu passádis" e "quero morrer prêtis se eu estiver mentindo", além de recorrentes piadas sobre bebidas alcoólicas. Também criou outras frases hilariantes, que se popularizaram rapidamente, como "eu vou me pirulitazis (pirulitar)", quando fugia de uma situação perigosa, ou "traz mais uma ampola", pedindo cerveja, ou "casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!", passando uma cantada em uma mulher bonita, ou ainda "faz uma pindureta", pedindo fiado.
Sua personagem constantemente brincava com os outros membros do grupo, inclusive inventando apelidos divertidos (Didi Mocó era chamado de "cardeal" ou "jabá", e Zacarias era chamado de "mineirinho de Sete Lagoas"). Também era alvo de gozações por parte dos demais membros do grupo, recebendo apelidos como "cromado", "azulão", "grande pássaro", "Fumaça" ou "Cabo Fumaça", dentre outros, sempre ficando evidente, entretanto, que as brincadeiras e gozações eram feitas num ambiente de amizade entre os quatro, uma vez que, na maioria dos quadros do programa de tevê, os Trapalhões eram sempre quatro amigos que dividiam uma casa ou apartamento, sendo normal, portanto, que eles constantemente dirigissem gozações e criassem apelidos entre si.Mussum morreu em 29 de julho de 1994, aos 53 anos, vítima de complicações ocorridas após um transplante de coração. O humorista foi sepultado no Cemitério Congonhas, em São Paulo. A escola de samba Mangueira decretou luto e relembrou que o humorista tocava samba com as crianças da Mangueira do Amanhã em dias de folga.
Nos anos 1970 e 1980, Mussum era um dos poucos artistas negros na tv. O humorista nunca foi esquecido pelo grande público que conquistou, permanecendo, até hoje, muito vivo e presente na memória de seus admiradores, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, tendo sido lembrado em uma série de camisetas lançadas na cidade com a imagem estilizada de Mussum e a inscrição "Mussum Forevis".
Após o Rio de Janeiro ter sido escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016, vários internautas satirizaram o pôster de campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com a foto do humorista e, sob ela, a frase "Yes, we créu". Uma sátira a "Yes, we can" (sim, nós podemos), frase de campanha do presidente estadunidense. Também foram produzidas camisetas com a palavra "Obamis".
Uma rua de Campo Limpo, na cidade de São Paulo, ganhou o nome "Comediante Mussum" em sua homenagem. O Largo do Anil, em Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro, teve o seu nome mudado pelo prefeito Eduardo Paes para "Largo do Mussum". Uma famosa frase do humorista, "Só no Forévis", inspirou a banda brasileira de hardcore punk Raimundos, que utilizou a frase como título de seu álbum homônimo de 1999, bem como título da canção que abre o disco, uma vinheta na qual a música "Selim" era tocada em ritmo de samba.
Manfried Sant'Anna, mais conhecido como Dedé Santana, (Niterói, 29 de abril de 1936) é um ator, apresentador, diretor, dublador, humorista e roteirista brasileiro, conhecido por ter integrado o grupo humorístico Os Trapalhões.
Filho do palhaço Picolino (Oscar Santana) e da contorcionista Ondina Santana, Dedé foi criado por uma família, que é descendente de ciganos, entre artistas de circo. Entrou no seu primeiro espectáculo circense apenas com três meses de vida. No picadeiro fez barra, trapézio, globo da morte e foi palhaço de matinê.[4] É sobrinho do também comediante Colé Santana.
Dedé formou, com o ator e irmão Dino Santana, uma dupla, Maloca e Bonitão. No filme Na Onda do Iê-iê-iê, de 1966, já na companhia de Renato Aragão, Dedé e Didi vão à delegacia para salvar o personagem César Silva, vivido pelo cantor Silvio César, que estava preso injustamente e tinha que sair da cadeia para participar de um festival, o guarda reconheceu Dedé perguntando: "Você não é o Maloca da televisão? Me conta uma piada!", então Dedé ficou entretendo o guarda para que Didi abrisse o cadeado da prisão para a fuga do personagem César Silva.
Foi com Renato Aragão, que Dedé conheceu na Rede Excelsior, que iniciou o grupo de comediantes e humoristas que lhe viria a dar fama, Os Trapalhões. Como Dedé é de formação circense, ensinou muitas piruetas e movimentos de circo a Didi na época que eram uma dupla.
Ao lado de Mussum, Didi e Zacarias e de diversos artistas do elenco da Globo como Roberto Guilherme, Tião Macalé e Carlos Kurt, Dedé participou de várias edições do Criança Esperança, de 1986[6] até 1996. Criado e estreado em 1986, foi ao ar exibido ao vivo direto do antigo Teatro Fênix, durante o especial que comemorou os 20 anos de Os Trapalhões, em 28 de dezembro de 1986, na Rede Globo. Dedé também comemorou os 25 anos de Os Trapalhões com Mussum e os 30 anos de Os Trapalhões com Didi no Criança Esperança.
Após sofrer com a perda dos amigos e parceiros Zacarias, falecido em 1990, e Mussum, falecido em 1994, em 1995, Dedé e Didi são contratados por um Canal de Televisão de Portugal e levam a magia trapalhônica ao velho continente com o programa Os Trapalhões em Portugal. O programa ficou no ar por 4 anos, encerrando em 1998.
Integrante da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus, Dedé Santana diz ter se convertido depois que passou por uma série de problemas cardíacos, em 1995.
Em 1999 Dedé foi escalado para ser um dos professores do programa humorístico Escolinha do Barulho da Rede Record.
Em 2004, após uma longa separação e diversos desentendimentos, (alguns devido a declarações que dava em entrevistas à imprensa), Dedé se reconciliou com o parceiro Renato Aragão como Didi, em uma participação no programa Criança Esperança daquele ano, exibido pela Rede Globo.
Em 2005, Dedé voltou à televisão com o programa Dedé e o Comando Maluco, em associação com o empresário e comediante Beto Carrero, exibido pelo SBT. O programa chegou a ser exibido no mesmo horário do programa A Turma do Didi. De acordo com o Ibope, o programa de Dedé no SBT chegou a vencer A Turma do Didi. Dedé e o Comando Maluco foi cancelado após o falecimento de Beto Carrero, em fevereiro de 2008.
Depois de ter ficado 14 anos afastado da Rede Globo e após diversas negociações, em junho de 2008 Dedé voltou a trabalhar com o atual parceiro Renato Aragão, e o retorno deu-se no programa humorístico A Turma do Didi, da Rede Globo, onde Dedé foi recebido com muita festa por toda a equipe do programa, com a música "No Mundo da Lua", de autoria de Michael Sullivan e Paulo Massadas.
Dedé também voltou ao programa anual Criança Esperança da Rede Globo também no ano de 2008, ao lado dele, Renato Aragão, o Didi e do elenco de A Turma do Didi, cantando as músicas "No Mundo da Lua" e "Um Cientista Maluco".
Também fez parte do elenco do programa Aventuras do Didi, na Rede Globo.
Em abril de 2011 foi homenageado em seu 75º aniversário, no "Circovolante - 3 Encontro de Palhaços", realizado em Mariana/MG.
Dedé inaugurou em julho de 2011, perto do Shopping São Gonçalo, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, o circo chamado de Circo do Dedé Santana, onde acontece espetáculos circenses.
Dedé conheceu sua ex-esposa, Ana Rosa, em 1958 e, em menos de dois anos, casaram e tiveram um filho: Maurício, que morreu de leucemia em 1961, para desespero de Dedé e de Ana. Eles se separaram por alguns meses, porém se reconciliaram e Ana Rosa engravidou, e em abril de 1962 tiveram uma filha: Maria Leone, que lhe deu uma neta. Quando a filha era ainda criança, Dedé e Ana resolveram se separar definitivamente.
Dedé Santana também foi casado com a atriz Susana Mattos com quem fez par romântico no filme O Casamento dos Trapalhões .
Casou novamente e teve cinco filhos com a filha do ator Átila Iório.
Casado desde 1998 com Christiane Bublitz, ex-Rainha da 1° Oktoberfest de Santa Cruz do Sul e com ela tem os filhos: Marcos, Yasmim e Daynara.
Dedé ficou marcado como o mais sério dos Trapalhões (fato que ele mesmo admite em entrevistas sobre o seu personagem), por ser ele o que agia de maneira mais normal, talvez para que o personagem se diferenciasse um pouco dos seus três amigos exageradamente hilários. Por ser o mais inteligente, Dedé agia como o cérebro do grupo. Sempre tentava corrigir as trapalhadas de seus companheiros e se mostrava o mais impaciente e o mais facilmente aborrecível. Mas não era difícil vê-lo metido em situações bastante cômicas. Sua masculinidade era constantemente questionada e ironizada por Didi
Mauro Faccio Gonçalves (Sete Lagoas, 18 de janeiro de 1934 — Rio de Janeiro, 18 de março de 1990), mais conhecido por seu nome artístico Zacarias, foi um ator, comediante, dublador, humorista e locutor de rádio brasileiro.
Mauro obteve notoriedade pelo seu trabalho no grupo humorístico Os Trapalhões.
Mauro nasceu em uma família humilde com onze irmãos em Sete Lagoas, cidade do interior de Minas Gerais. Antes de se tornar famoso, foi vendedor de sapatos e trabalhou em uma fábrica de café,onde seu pai já trabalhava. Era filho de Mariano Gonçalves e Virgínia Faccio.
Mauro estudou no Colégio Diocesano Dom Silvério de Sete Lagoas. Começou a carreira no rádio em 1955, na Rádio Cultura de Sete Lagoas, num programa humorístico chamado Em Babozal Era Assim. No ano seguinte, formou-se técnico em contabilidade pela Escola Técnica de Comércio de Sete Lagoas. Através do humor, logo tornou-se conhecido pela incrível habilidade de trocar de vozes, criando vários tipos completamente diferentes, e de imitar animais com rara perfeição.
Mudou-se para Belo Horizonte em 1957, onde tentou estudar Arquitetura, trabalhando ao mesmo tempo como bancário. Porém, dificuldades financeiras o impediram de iniciar o curso. Na capital mineira, Mauro trabalhou na Rádio Inconfidência, fazendo três programas, sendo que o que mais o marcou como comediante foi Arte Final. Logo veio o reconhecimento: foi considerado o melhor comediante do rádio de 1960 a 1963. Ainda em Belo Horizonte, fez sua estreia na televisão, na TV Itacolomi, no programa Tribunal de Calouros.
Em 1963, recebeu uma proposta para trabalhar na TV Excelsior do Rio de Janeiro, a convite de Wilton Franco. Apesar da timidez - que inicialmente o impedia de trabalhar na televisão - Mauro estreou em um programa de calouros, onde criou cinco personagens, incluindo o Garçom Moranguinho, fazendo grande sucesso inspirado num garçom da terra natal dele. Mais tarde, foi para a Rede Record, para fazer parte do elenco de A Praça da Alegria e Os Insociáveis[2] Sua participação no programa fez com que Renato Aragão o convidasse para ser efetivado no grupo "Os Trapalhões". Mauro foi o último a integrar o grupo, do qual já faziam parte Didi, Dedé e Mussum, completando assim a formação do quarteto em 1976.
Além do personagem Zacarias, Mauro Gonçalves também era a voz que interagia com o personagem Aparício, interpretado por Renato Aragão, e fez um filme com Roberto Machado, intitulado Deu A Louca Nas Mulheres. Em 1970, foi premiado pela sua interpretação na peça "A Dama do Camarote". Permaneceu no grupo "Os Trapalhões" até 1990, ano em que faleceu. Seu último filme foi Uma Escola Atrapalhada.
Zacarias foi casado por 15 anos com a atriz e dubladora Selma Lopes e adotou Maria Laura, filha de um casamento anterior de Selma. Após a separação, os dois ainda continuaram amigos, tanto é que Selma participou de vários quadros d'os Trapalhões. O trapalhão também já namorou com a cantora Waleska, de 1979 a 1981.Em dezembro de 1989, Zacarias resolveu por conta própria iniciar um regime a base de remédios. O humorista acabou perdendo vinte quilos, porém como consequência, seu organismo enfraqueceu chegando até a atingir os pulmões. Zacarias acabou sendo internado por nove dias na Clínica São Vicente no Rio de Janeiro e faleceu em 18 de março de 1990, aos 56 anos, de insuficiência respiratória. O humorista foi enterrado em sua cidade natal em Sete Lagoas no Cemitério Parque Santa Helena.
Zacarias era caracterizado pelo jeito infantil e ligeiramente afeminado (embora sem conotação homossexual), pela peruca (Mauro Gonçalves era calvo) e pela risada característica. Mauro dizia que "Zacarias" era o nome de um galo que ele tinha na infância, e desde pequeno o chamavam assim.
Seu personagem foi o mais caricato de todos, marcado por seu dentes saltados e sua risada inconfundível, e pelo constante assédio à sua peruca (sempre que alguém ou algo roubava sua peruca, ele desesperadamente lutava para recuperá-la em meio a choros e lamúrias). Renato Aragão, Dedé Santana e Mussum, achavam que ele era o verdadeiro ator do grupo.
Devido à ação judicial movida pela família do humorista relativa a direitos autorais, o personagem criado por Gonçalves teve seu nome alterado para "Zacaria" na série de quadrinhos editada pela Editora Abril.
Após o seu falecimento, em um processo movido em 1998, os familiares do humorista reivindicaram uma indenização à Rede Globo referente ao pagamento dos direitos autorais do artista pelas retransmissões do programa Os Trapalhões, entre 1995 e 1999.
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