quinta-feira, 27 de julho de 2017

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Título original:Joe... cercati un posto per morire! 
Título no Brasil:Face a Face com o Diabo
Gênero:Faroeste
Colorido
Dublado / Legendado
Ano de produção:1968
Duração:89 minutos 

Sinopse:Quando um geologista e sua irmã descobrem ouro na fronteira com o México, eles se deparam com uma gangue de implacáveis
foras-da-lei determinados a roubar o seu novo tesouro. Logo o irmão é assassinado, e todo o ouro roubado. A jovem mulher,
com o coração cheio de ódio, prepara-se para arquitetar a sua vingança. Ela decide então pedir ajuda a um soldado da
Confederação para conseguir recuperar a sua fortuna de volta e finalmente vingar a terrível morte de seu irmão.

 Jeffrey Hunter
Henry Hank McKinnies Jr, mais conhecido como Jeffrey Hunter (Nova Orleans, 25 de novembro de 1926Los Angeles, 27 de maio de 1969), foi um ator estadunidense, famoso por interpretar o cowboy mestiço índio Martin Pawley no clássico de western The Searchers (Rastros de Ódio; 1956),de John Ford, e Jesus Cristo no épico King of Kings (Rei dos Reis; 1961) dirigido por Nicholas Ray.
Nascido na Luisiana em 25 de novembro de 1926 (outras fontes, mencionam 1925, mas em seu túmulo está inscrito 1926 como seu ano natalício). Filho de engenheiro, quando tinha quatro anos, sua família se mudou para Wisconsin.
O jovem Hank (como era conhecido intimamente por seus familiares e amigos) fez algum trabalho de palco no colégio(onde chegou a ser colega de classe de Charlton Heston. Com ele, apareceu numa adaptação de "Julio César", de William Shakespeare, no teatro colegial), e fez também trabalho de rádio antes de concluir o segundo grau, em 1945. Depois, alistou-se na Marinha dos Estados Unidos, nos fuzileiros navais, durante a Segunda Guerra Mundial, servindo a Marinha nos dois anos seguintes. Fez faculdade de comunicações na Universidade Northwestern, em Illinois, entre 1946 e 1949 e chegou a fazer pós-graduação em rádio na Universidade da Califórnia em Los Angeles, entre 1949 e 1950.
Nesta época, querendo ser independente e pagar seus estudos, o jovem Hank fazia trabalhos como modelo fotográfico e locutor de rádio, quando foi notado por um executivo de Hollywood.
Feito seus primeiros testes cinematográficos, foi aprovado. Tanto o estúdio da Warner Brothers quanto a 20th Century Fox estavam de olho no belo e iniciante ator de olhos azuis. Em Hollywood, acabou assinando contrato com 20th Century Fox, e escolheu seu nome artístico para Jeffrey Hunter. Sua beleza máscula e porte(1m83), logo o levaram a tornar-se um dos ídolos do público feminino na década de 1950.
Inicialmente, seus papéis eram de galãs juvenis, mas rapidamente passou para papéis mais maduros, caubóis ou soldados em filmes de guerra e aventura.
Casou-se em 1950 com a atriz Barbara Rush, com quem teve um filho, Christopher.
Em 1954, Jeffrey e sua então esposa Bárbara estiveram no Brasil, para o Festival Internacional de Cinema a convite de Jorge Guinle; trouxeram também o filho e, apesar de ser uma estrela ainda pouco conhecida, fez bastante sucesso junto à imprensa local, que elogiava seu "talento e versalidade" e a "aparência suave e doce".[5]
Divorciaram-se em 1955. Foi em 1956, durante as filmagens de "Um Beijo Antes de Morrer" (A Kiss Before Dying), que Jeffrey Hunter conheceu sua segunda esposa, Joan Bartlett. A modelo, que serviu de dublê durante o filme, teve grande influência sobre o futuro da carreira do ator, pois a levou a gerenciar sua carreira como uma agente, levando inevitavelmente a seu trágico e prematuro final.
Os dois se casaram em 7 de julho de 1957. Hunter de início estava muito feliz com o casamento (que daria a ele mais dois filhos), chegando até a adotar um dos filhos da modelo em seu casamento anterior, e o rapaz assumiu o nome artístico de Steele Hunter (com ele, passaram a ser quatro as crianças na casa: Christopher, filho do primeiro casamento de Jeffrey, Steele, do primeiro casamento de Bartlett, e Herman e Scott, do casal). A felicidade matrimonial levou o ator ao seu papel mais importante, em 1961: interpretar ninguém menos que o líder da cristandade, em King of Kings.
Os fãs de ficção científica costumam lembrar-se dele como o capitão Christopher Pike, da USS Enterprise, no episódio piloto da telessérie "Jornada nas Estrelas" (1966-1969). Mal agenciado por sua segunda esposa, Joan Bartlett, Hunter recusou a continuar na série, e o papel principal foi entregue a William Shatner — o que contribuiu também para o fim de seu casamento.
Porém, é mais lembrado pelos cinéfilos do mundo todo como um dos grandes intérpretes de Jesus Cristo no Cinema, no filme "Reis dos Reis" (King of Kings), dirigido por Nicholas Ray. Sua atuação até hoje como Cristo é considerada a mais destacada entre os demais atores que personificaram o personagem nas grandes telas.
Jeffrey Hunter chegou no auge de sua fama em alguns dos grandes clássicos do cinema, muitos deles reverenciados por cinéfilos de todo mundo. The Searchers ("Rastros de ódio" no Brasil; "A desaparecida" em Portugal) clássico do Western dirigido pelo Mestre John Ford, em 1956, e rodado nas locações no Monument Valley, no Utah, região preferida do cineasta para seus inúmeros filmes Western, atuando lado de John Wayne.
Em 1958, outra parceria entre Hunter e o cineasta John Ford, no clássico "O Último Hurrah" (The Last Hurrah), de 1958, onde teve a honra de contracenar com o competente e talentoso Monstro Sagrado das Telas, Sr. Spencer Tracy, um drama político onde Jeffrey desempenha um jornalista que ajuda na reeleição do tio(Tracy) a prefeitura de sua cidade. Logo em seguida, Ford escala Hunter para o papel principal de seu Western anti-racista "Audazes e Malditos" (Seargeant Rutledge), em 1960, no papel de um Oficial da Cavalaria Americana, que defende seu subordinado sargento negro(interpretado por Woody Strode, um dos mais talentosos atores negros do cinema americano)numa corte-marcial, acusado de um crime que não cometera.
Ainda em 1960, fez "Do Inferno para a Eternidade" (Hell to Eternity), de Phil Karlson, vigoroso drama de Guerra biográfico, em que atua no papel de Guy Gabaldon, herói americano da II Guerra Mundial, que órfão, fora criado com todo carinho por uma família de japoneses, e quando eclode a Guerra, é convocado e obrigado a lutar contra o povo de seus pais adotivos, manifestando nele uma crise de consciência. O desempenho de Hunter foi elogiado pelo próprio Gabaldon.
Mas o ápice de sua carreira veio em 1961, quando foi escolhido por Nicholas Ray para interpretar Jesus Cristo no filme Rei dos Reis (King of Kings), em uma interpretação magistral e soberba. Embora a película de Ray tenha sido um sucesso de público, e de uma parte da crítica malhar maldosamente o trabalho do ator com os dizeres "eu fui um Cristo adolescente", comparando-o a James Dean em "Juventude transviada" (outro trabalho do Diretor), o drama bíblico não firmou por muito tempo a carreira de Hunter. Foi seu primeiro trabalho fora dos Estados Unidos, embora a película fosse uma produção norte-americana.
O papel de Jesus Cristo impulsionou o rosto bonito de Hunter definitivamente para a fama. Até suas axilas tiveram que ser raspadas para as cenas da crucificação. Quem melhor define a situação é Leonard Maltin, em sua Movie Encyclopedia: "Ele pertence à pequena fraternidade de atores que interpretaram Jesus Cristo na tela e, embora possa ou não ser o mais convincente Filho de Deus dos filmes, ele certamente era o mais bonito".
Na ocasião da escolha do intérprete, outros atores foram devidamente pensados para o papel do Redentor da Humanidade, mas nenhum se aventurara a arriscar uma atuação como o Filho de Deus. Havia crendices entre os profissionais de cinema, que o papel de Jesus daria "azar" para quem o fizesse, talvez influenciados na vida do ator inglês H.B. Warner, intérprete de Cristo no ainda mudo "O Rei dos Reis" (The King of Kings), de 1927, dirigido por Cecil B. DeMille. Warner foi um ator muito requisitado e um dos maiores astros das telas nos anos de 1920. Mas quando vem a fase sonora do cinema, se engrenou em papéis menores, ou como "suporte" para astros que escalavam para fama, como Gary Cooper e James Stewart, sendo assim, ignorado e esquecido pelo público e pela crítica. Warner morreu em 1958.
Depois do papel em "Rei dos Reis", as coisas começaram a piorar na vida familiar do ator. Bartlett decidiu que seria a responsável pela administração da carreira de seu marido e escolheria quais papéis ele deveria ou não fazer. E a modelo decidiu que ele definitivamente era um astro de cinema, não de televisão. Joan queria seu marido como um verdadeiro "Astro de Hollywood", no calibre de um Clark Gable, de um James Stewart, de um William Holden, ou até mesmo de um Gary Cooper, coisa que Hunter, definitivamente, jamais foi.
Isto porque Hunter fez participações em algumas séries televisivas, como "Besouro Verde", "Daniel Boone", "FBI", e "The Monroes". Em 1963, é escalado como protagonista da série televisiva de faroeste Temple Houston, do qual também foi produtor executivo, atuando ao lado de Jack Elam, mas o programa não passou da 1ª temporada.
Surpreendentemente, Hunter venceu a batalha familiar e decidiu fazer TV, para um projeto que ele acreditava ter enorme potencial: Jornada nas Estrelas/Star Trek. Em janeiro de 1965, depois de ter filmado o piloto, ele deu uma entrevista (re-publicada anos mais tarde pela revista "Starlog") em que elogiava o arrojo do programa de Gene Roddenberry. Na série, Jeffrey desempenhou o Capitão Christopher Pike, o antecessor de James Tiberius Kirk (William Shatner), no comando da nave estrelar "USS Enterprise"
A série não foi imediatamente comprada pela rede de televisão NBC, mas os executivos tomaram a até então inédita decisão de pedir um segundo piloto. Praticamente toda a tripulação deveria ser trocada, exceto Jeffrey Hunter e seu Capitão Pike. Entretanto, parece que num segundo momento, Joan Bartlett voltou a reinar.
Os envolvidos na produção de Jornada nas Estrelas na época, contam que Bartlett foi até eles com exigências absurdas, sob o pretexto de proteger a carreira de seu marido. Mais uma vez ela vinha com "aquele papo" de que "o meu marido é um astro de cinema". A situação fez com que Hunter acabasse desistindo de voltar para o segundo piloto, apesar de seu entusiasmo inicial pela série. O ator começou a fazer filmes de calibre cada vez menor e seu nome foi desaparecendo da lista dos potenciais astros de Hollywood. Simultaneamente, o plano pessoal parecia cada vez mais insuportável. As pressões da mulher e a crise familiar levaram o ator à bebida. Após várias crises que beiravam casos de polícia, em 28 de fevereiro de 1967, Hunter e Bartlett se separaram.
Com várias oportunidades perdidas nos Estados Unidos, depois do segundo divórcio, Jeffrey Hunter foi para Europa trabalhar em filmes de baixo orçamento, muitos deles Western Spaghetti, trabalhos que nada ajudariam na reabilitação de sua carreira.
Em novembro de 1968, Jeffrey Hunter sofreu um grave acidente durante as filmagens do seu último filme, "Viva América", na Espanha. Recuperado, encerrou a película e voltou para os Estados Unidos, mas queixava-se de fortes tonturas e dores de cabeça. Nada foi constatado em seus exames médicos.
Em janeiro de 1969, conhece a atriz Emily McLaughlin, conhecida pela telessérie General Hospital, e casam-se no mês seguinte, em 4 de fevereiro do mesmo ano.
Na tarde de 26 de maio de 1969, Jeffrey Hunter cai de uma escada de apenas três degraus em sua residência, em Van Nuys, Califórnia, e sofre uma violenta fratura no crânio. Levado para o Hospital, não resiste a uma cirurgia de emergência, e morre na manhã seguinte. Tinha 43 anos. O ator foi sepultado no Glen Heaven Memorial, em San Fernando, Califórnia.







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